sexta-feira, 23 de julho de 2010

Apresentações + Loki


Eu sou a Daiany, e o dia que eu puder me definir eu pararei de escrever.





Documentário: Loki – Arnaldo Baptista –
Direção de Paulo Henrique Fontenelle (Brasil, 2008).
Com depoimentos de Tom Zé, Sérgio Dias, Nelson Motta, Gilberto Gil, Roberto Menescal, Liminha, Sean Lennon, Nelson Motta, Lobão e outros.

§ * §

"O peso da sabedoria mítica é muito grande, as pessoas geralmente não querem nem ouvir"
Tom Zé a respeito do Arnaldo Baptista.

Às vezes, e só às vezes, eu queria que me concedessem a dádiva de poder demonstrar tudo o que eu sinto em palavras, superar a limitação dos vocábulos e me expressar de tal maneira que nenhuma gota da minha subjetividade se perdesse. Fiquei 120 minutos sob extrema emoção e isso foi causado pela terceira das três coisas que mais significam para mim: filme. E esse filme me tocou tanto porque fala de uma das pessoas mais geniais do Brasil, que atuou na segunda coisa mais importante pra mim: a música, e é por isso que me frustra não poder expressar naquilo que mais prezo, a palavra, a emoção e espanto ante a genialidade desse homem: Arnaldo Baptista.

O documentário dirigido brilhantemente por Paulo Fontelle relata um pouco da vida deste grande artista, muito a frente de seu tempo. Fundador do grupo Os Mutantes, banda de extrema importância no cenário musical, Arnaldo Baptista, como não podia deixar de ser tratando-se de um gênio, não foi compreendido. Mas sua importância hoje já é reconhecida, ainda bem.

Gostaria tanto de falar mais sobre ele, sobre o filme. Mas como processar para o outro uma coisa que mal digeri? Dos 120 minutos do filme, 80 eu passei chorando, quando eu entender o porquê, explico aqui.

Poucas vezes fui tão tocada pela vida de alguém, e há muito não experimentava a sensação que sinto neste instante. O incômodo (sim, como disse Tom Zé, chega a incomodar a genialidade dele) e indignação por ver o que esse grande homem se tornou, muito por causa das drogas, me fazem ter raiva. Me deixam novamente com expressão interrogativa e sou obrigada a fazer a pergunta clichê: por que tem que ser assim?

Recomendo. Mil vezes recomendo. Além de ser um excelente documentário, é preciso que todos conheçam a vida deste homem que vai muito além e ponto.

*Dai*
Próxima Review: Manderlay

6 comentários:

disse...

Everybody thinks i'm crazy
yes, that's me, that's me, that's me

Daiany Maia disse...

Esqueci de escrever no post, mas quem quiser assistir é só ir no youtube, lá tem o documentário inteiro dividido em 16 partes.

um beijo

Gina disse...

Nossa, amo Arnaldo! Não sou mto fã de documentário mas acho que vou acabar assistindo esse =)

Daiany Maia disse...

Ginah,

assista mesmo! Vale a pena.

Olha, só recomendo que você tenha cuidado, a piração (no sentido de criação e não de insanidade, como muitos o rotularam) dele passa pra gente

que bom!

=*

naty . disse...

esse eu ainda não vi...
verei! XD

Renata de Aragão Lopes disse...

Quero muito assistir!

Beijo,
Doce de Lira